Ecos de uma pergunta


Uma pergunta ecoa em mim
Vinda de tempos imemoriais
Como sei quem sou?
Ainda não tenho resposta
Não me compreendo depois da interrogação
Não me entendo por inteiro
Acho que sou composto de pedaços
Mas aos pedaços sei quem sou?
O que meus pedaços sabem de mim?
Meu inteiro é despedaçado/ mutilado/ repartido/ recombinado
Olho os fragmentos que me compõe e me percebo
Em cada pedaço me descubro um pouco
Então eu sou meus pedaços?
Meu todo é aquela combinação de pedaços?
Por certo, em cada parte me vejo um pouco
Fragmentos do labirinto que sou
Percebo agora que não me reconheço
Por não me conhecer direito
Assumo meus pedaços
Junto meus fragmentos
Monto quebra cabeça que sou
Construo uma imagem de mim
Por hora serei esse ser recombinado
Até que esbarro novamente naquela interrogação
Como sei quem sou?

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