Eu queria te perguntar tantas coisas
Saber as respostas de coisas inúteis e previsíveis
Não pelas respostas, mas pela tua voz
Pelo envolvimento,
pelo interesse,
por uma conexão que não precisa ser desfeita
Eu queria perguntar sobre teu dia,
se chove, se tem sol,
se foi longo, se passou voando,
se você voou com ele ou se ficou com os pés no chão.
Eu queria perguntar sobre teu tempo,
sobre você,
sobre teus olhos,
o que eles veem de novo,
o que se repete,
o que te encanta no primeiro olhar
Eu queria perguntar sobre tuas mãos,
o que elas tocam,
o que elas apontam,
o que elas almejam,
do que elas sentem falta,
se ainda são macias,
se ainda são suaves
ou se as escolhas tornaram elas mais ásperas,
mais firmes,
mais machucadas
O que eu mais queria perguntar
era sobre teus pés,
se um dia eles voltariam ao meu jardim,
voltariam a rua onde moro
ou se voltariam para perto
ou se seguiriam cada vez mais distante,
até alcançar o nascer do sol.
Tantas perguntas sem respostas
Tantas possibilidades do teu ser
E não saberei de nada
Porque o silêncio não é meu, é seu
Então vou viver com a certeza de que onde você estiver
Sorrisos vão surgir
Alegrias vão brotar
Sonhos vão se concretizar
E o tempo vai dançar
Sem dúvidas, algumas palavras são capazes de nos machucar, mas ainda considero o silêncio a mais cruel das respostas.
ResponderExcluirBeijos!
Blog: *** Caos ***
Sem dúvidas, o silêncio dói demais. A possibilidade da indiferença é como a negação de que você existe. Por isso prefiro falar e ouvir, quando possível. hehe
ExcluirObrigado pela visita. Bjus