Hum... É engraçado.
(Uma pergunta)
Tudo oras. O que aconteceu, o que acontece e o que
provavelmente o que acontecerá. É estranho estar certo sobre isso. Eu não
queria, mas eu estava.
(Outra pergunta)
Sobre o futuro. Sobre o tempo que passamos juntos. Sobre
nós.
(A derradeira
pergunta)
Lembra daquele dia em que eu estava deitado no teu colo,
conversamos sobre a vida, sobre o que estávamos vivendo e o que seria de nós.
Pois então... eu te disse palavras duras, mas sinceras, que agora se tornam
verdades. Nos separamos, seguimos nossas vidas, conversamos, ainda queremos a
companhia um do outro, mas a vida segue seu rumo. Cada um com suas batalhas,
com suas conquistas. As vitórias foram cada vez menos sendo compartilhadas. Até
encontrarmos outras pessoas, vivermos outras coisas e por fim deixarmos de conversar,
de contar sobre o dia, de falar sobre desejos, de ver que o mundo é mais do que
a nossa vontade. E assim já não somos aquilo que um dia desejamos ser.
(Um pouco de silêncio
e uma meia pergunta, quase afirmação)
Sim... desejávamos muito, viveríamos muito. Seria lindo, mas
não foi.
(Mais silêncio. O ar
parece se tornar pesado e o tempo lento e as decisões duras. As palavras, mais
duras ainda...)
Não, não foi. Cada um com sua vida. Ela em algum lugar e eu
noutro. Não sei como ela está. Sei de mim. Sei que eu estou aqui tendo
conversas imaginárias com uma foto que não pergunta, que não responde, que só
ouve e carrega um sorriso eterno. Eu não queria, mas chegou a hora de seguir
também.
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