Maremotos e desencontros


A vida tá corrida, sem metros rasos, só profundos caminhos
De um oceano sem fim, sem portos e sem atrasos, por isso a gente corre
E de nós escorre uma urgente felicidade que não morre
Mesmo que nosso reencontro demore
Porque navegamos juntos, mesmo separados por sete mares.

Corre que corre que parado não posso ficar,
Então corro pro teu lado, que ali quero estar, dali não quero sair.
Quero em teu corpo em navegar,
Sem guia e sem âncora, enquanto o tempo bom permitir,
Enquanto o vento soprar, enquanto o que sentimos durar, enquanto o “nós” existir.

E vira, revira, e volta a virar
Nosso encontro é maremoto,
que os braços não seguram
Que os sorrisos não medem,
Que os sonhos não mensuram
E o coração vira onda,
E o sentimento vira mar

Mas a vida é surpresa e desencontros que a gente tem,
Não tento lembrar de tudo, só aquilo que me faz bem
Cresce entre as ondas do coração, um espaço que vai além,
Que caibam todas as gaivotas, os meus sonhos e os seus também

Quando eu chego, cê ta de partida. Quando cê volta, quem se vai sou eu
Vou navegar pela vida, com a felicidade que você me deu
Mas volto ligeiro pra acomodar meus lábios nos teus
Porque mesmo estando longe, ainda quero te abraçar
Para juntos ver o sol nascer e juntos ver a noite acabar

E vira, revira, e volta a virar
Nosso encontro é maremoto,
Que os braços não seguram
Que os sorrisos não medem,
Que os sonhos não mensuram
E o coração vira onda,
E o sentimento vira mar

Sigo por aqui esperando te encontrar
Você vai por ali, quando eu não consigo te achar
Quase perto, mas muito distantes
Nem sempre juntos, mas sempre constantes
Somos palavras e sentimentos ressonantes
Sou Quixote a galope de Rocinante
Em busca de você, Dulcinea, dama dos olhos brilhantes

Se eu to chegando com minha saudade
Você ta saindo e somos vontade
Um beijo rápido porque viajar é um bom caminho
Vejo você ir e fico por aqui, sorrindo e sozinho
Esperando tua volta
Esperando teu calor
Esperando com palavras
Esperando com algo no peito, que pode se chamar...

Há montes e montes do que pode ser dito, mas eu calo
Por nossos desencontros eu me acabo,
É por nosso alinhavo que eu vivo,
Pelo próximo beijo, para próximo abraço,
Para ter você aqui,
comigo

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