Dentro do teu olhar se esconde uma escuridão.
Escuridão essa que não é de fora. É de dentro. Não esta nos
outros e muito menos está em ti, está apenas nos teus olhos. Olhos que de tão
escuros tornam as coisas claras. É tanta clareza, tanta a lucidez que eles nada
veem.
A lucidez te cega. Uma lucidez noturna, sombria, escura,
certeira. A lucidez de uma noite sem lua, nem estrelas, nem caminhos, apenas
escuridão.
As pessoas que passam por ti não percebem tua clareza cega.
Nem imaginam o que teus olhos carregam. Não entendem tua cegueira. Muito menos questionam
tuas razões ou então teus olhos.
Para teus olhos, o mundo não é o mundo, ele é a sombra do
mundo.
Sim, é isso, sombras. É isso que teus olhos veem. Em cada esquina, em cada palavra, em cada gesto, em cada
coração, em cada olhar.
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