Quinta Parábola - A jovem e a Torre

Depois daquela tarde de conversa, as águas do rio passaram, as estações trocaram, o sol desceu e nasceu muitas vezes. O menino procurava sua nova amiga, mas ela procurava uma torre. A mais alta das torres, para lá se trancar e poder ver o céu ou quem sabe chegar até ele. Porém para entrar no ultimo andar da torre um preço havia de ser pago e a jovem estava disposta a pagar este preço. Sem pensar naqueles que deixou para trás, naqueles que a queriam no chão para em seu colo descansar, ela procuro até encontrar a torre de seus desejos. O menino estava longe e não conseguiu impedi-la de subir. Ela corria para o topo. Ele corria até ela. Ela deixava uma trilha de lágrimas e sangue e lembranças e dor... Ele sentia cada gota de desespero que pingava da alma dela. Lá em cima ela se trancou... A alma daquele jovem ser que tantos sentimentos, e dos mais diversos, despertou no jovem menino estava prestes a fazer um escolha que afetaria a tantas vidas. Cada escolha que se faz atinge a tantas existências que só o tempo é aquele que sabe toda a extensão das decisões tomadas.

Na beira da torre ela olhava o céu, ao longe o menino a observava, temendo não ser capaz de ajudar. Mas se chegasse até lá o que faria? O que se pode fazer quando parte do coração escolhe e parte da mente não entende? Quando a visão está tão turva que só pode ver o que o corpo sente?