Peito Atravessado

Olho para teu rosto de porcelana
E o medo crava em meu peito um espinho negro
E as mãos tremem
E o olhar fraqueja
E a respiração pesa
E as forças desvanecem
A imaginação voa e sem acontecer
Vejo no chão teu rosto despedaçado
E teus olhos, que contém lágrimas, quebrados.
Tua dor causada por minha pusilanimidade
Por meu medo do que talvez aconteça
Por minha insegurança do que esta acontecendo
Por minha fraqueza do que aconteceu.
O espinho remexe minha carne
E devora meus sentidos
Que agora se revoltam contra mim.
Me abandonam num canto escuro
E me deixam sangrando vida
Absorto em medo e morte e espinhos.

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