Conversa covarde com um ausente querido


Ei garoto! Como vai?
Faz tempo que não conversamos
Faz tempo que nos distanciamos
Faz tempo que nosso tempo não é o mesmo.
E faz tempo que sinto a falta de teu olhar
Alucinado, embriagado, jovial, inconseqüente.
Nesse tempo que não trocamos palavras
Me preocupei contigo, mas sabia das tuas escolhas
Sei que é grande o suficiente para olhar o teu destino.
Sei que tua vida é só tua e que tu vives da tua maneira
Complexa, dedicada, viva, estranha aos que não te conhecem
E tão diferente da minha.
Faz tempo que não conversamos sobre sonhos.
Faz tempo que tenho medo de falar contigo.
Por não saber quem tu és...
Por não reconhecer um querido amigo
Por ter vivido tanto e ver que mudei tanto
E ver que algumas de minhas escolhas não foram justas
Para mim, para ti, para com os velhos tempos.
Clamo agora neste papel em branco
Todas as palavras que não tive coragem de te dizer.
Peço teu perdão, num verso sem rima
Pois meu pesar é covarde.
E me queima a garganta saber que a distância que nos separa
E que foi criada por nós, será difícil de ser diminuída.
Não sei o que falar...
Não sei o que sentir...
Não sei...
Sei que te amo do fundo de meu coração.
Sei que nada retirará o nosso tempo juntos
Apesar de não passarmos mais tanto tempo juntos.
Tua amizade ainda me é valiosa
Tua alegria ainda me faz bem
Tuas escolhas ainda me preocupam
Mas tua vida, ainda é tua e por isso te deixo vivê-la em paz.
Com minha amizade, com meus votos de felicidade
Com meu olhar preocupado e com meu imenso desejo de ver te sorrir.

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Para Vicent.

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