Domingo d’Alma

62 - cp12 Na eterna tarde de domingo da alma
A menina de olhos meigos
Brinca no jardim da vida
E mais uma vez vê as estações passando
Os pássaros migrando
As flores se abrindo
O tempo se consumindo.

E sem se importar com isso
Corre pelos campos
Joga pedrinhas no rio
Sorri no balanço em movimento
Deita-se a sombra do tempo
E pensa no mundo real.

Sabe que lá fora, seu tempo de vida
É contado por números que nada dizem,
Mas que a perseguem a cada por do sol.
Já aqui dentro, nesse recanto de si,
Sua ingênua existência é sublime e eterna,
E nada questiona, apenas vive.
Fazendo assim o sol brilhar cada vez mais
E a jovem sorrir do mundo real.

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