Olhos


Aqueles olhos me vigiam.
Percorrem meu corpo
Vasculham meu intimo
Procuram a sujeira
que surge em mim.
Me levam ao júri.
Sem segredos
Sem pudor
Sem medo
Me julgam
Me condenam
Lembram os defeitos
Esquecem dos acertos
Condenam os fracassos
Questionam os atos.
Sem saber a resposta
Me entrego culpado
Aos olhos no espelho.

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