Ingratidão

Tu que enfrentastes o tempo, suportando tempestades
E tantas outras adversidades da natureza,
Não resiste a ganância daqueles que se alimentam do teu fruto.
Tua casca, que trás marcas da época de meus avós,
É transformada em pó, para os homens alcançarem suas ambições.
Para isso, eles ignoram o tempo que passaram ao teu lado,
Descansando em tua sombra,
Brincando em teus galhos,
Sentindo o aroma de tuas flores,
Saboreando o teu fruto,
Apreciando a beleza da tua idade...
Os homens te usam, te sugam e por fim te destroem.
Te jogam por terra
Trocam tua abundante vida verde
Por um mórbido concreto cinza
É esse concreto que usam na cara,
Encobrindo os olhos,
Assim as lágrimas não cairão quando te cortarem.

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