Sinas e Mãos


Eu vago e a minha sina me segue.
É fardo que se faz presente nas noites densas e nos dias claros,
Que me persegue por seguir errado e procurar o certo.
Que escolta meus sonhos a terras longínquas
E faz o sono ser sombrio e solitário.

Eu vago e o esquecimento me preenche.
Invade de mansinho o que deveria ser intocável
Deixa cada vez mais escuro o saber que carrego
Faz minhas palavras serem vazias e quase sem sentido
Essa é a sina que simpatiza comigo, mesmo quando a renego.

Sina que é o esquecimento
Do saber que possuo e daquele que procuro
E que insiste em fugir de mim
Pois o esquecimento transborda
Deixa os largos e vagos caminhos cada vez mais largos e vagos
Até o dia que esquecerei quem sou, o que quero ser, o que já fui

A sorte dessa alma perdida
É que antes desse fatídico dia
Aparece uma mão com um afago ou um tapa
Que me a faz retomar a claridade
E se afastar da sombra do não lembrar
Me faz subir aos céus da calmaria
Após passar o inferno da confusão.

São os donos dessas mãos que me fazem prosseguir.
A vocês, meu sincero obrigado

Comentários

  1. Me identifiquei muito com esse texto. Trovador, eu to admirada com a forma como tu tem expressado os sentimentos nos teus últimos textos. São diferentes dos outros, sem dúvida. Esse e o anterior me fizeram sentir uma coisa muito forte qndo os li.
    Esse é o maior desafio do escritor não é?! Mexer com quem ta lendo, fazer com que o leitor não leia simplesmente, mas viva o pedacinho que está lendo.

    Um abração!
    Produza cada vez mais textos com todas essas comparações, metáforas, sentimentos, sentidos .... tuuuuuudo... tuuuuuuudo

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