
Em uma estrada nebulosa dois jovens andavam. Todos andam.
Tão iguais e tão diferentes.
Estavam distantes e próximos.
O destino era o mesmo. Ele
sempre é.
A distância aumentava pouco a pouco. Ela sempre aumenta.
Era quase imperceptível, mas mudou tudo. Tudo sempre muda
Hoje a neblina e tão densa que só é possível ver silhuetas. Apenas sombras
A distância só aumenta. Assim
como a dor.
E o destino... esse continua o mesmo. Ele nunca muda.
O que aconteceu de tão errado para se afastarem assim?
A resposta é clara e
fria tanto quanto a voz que a pronuncia.
As palavras se perdem no ar. Quando eles conversam.
Os gestos são encobertos. E os sentimentos também.
E quando quiserem se encontrar já estarão longe demais.
Talvez assim seja
melhor.
Para ambos.
Diante de inúmeros paradoxos tu defini muito bem a dor da distância. Gostei muito da conclusão do teu texto, achei forte, não sei se tu expressou algo que sente ou escreveu simplesmente, mas seja por que razão for eu me senti tocada. "Quando quiserem se encontrar, já estarão perdidos demais"
ResponderExcluirAbraço!
É mesmo um texto bastante intenso, cheio de intensões fortes. Trataste de sentimentos abafados, talvez até reprimidos por certa angústia. Realmente é um texto tocante. Belo trabalho Trovador!
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