Pensamentos ocupam minha mente. Sinto um anseio crescente,
indignação latente. Quando a visão vai além já não pode voltar atrás. Tudo
diferente. Pessoas egoístas guiam o povo para objetivos mesquinhos e sem
sentido. Se as pessoas vissem o mundo como ele realmente é, talvez não fizesse
o que hoje fazem aos montes. Mas o povo, essa gente simples, tem apenas um breve
lampejo do que os cerca. Os poucos que percebem as falhas do grande esquema das
coisas, não as concertam. Eles as usam como um caminho para o poder. Em uma
sociedade sem moral, eles são os nossos heróis. Representantes máximos da
sociedade que exaltamos sem pestanejar, sem duvidar, sem questionar. Buscando
conforto, encontramos a comodidade. Sentados em tronos feitos de trabalho árduo
e semi-escravo, nos tornamos reis de um mundo em decadência. Fingimos ser
idiotas para negar a verdade, fechando os olhos ao invés de abrir. Nossa luta
está perdida antes mesmo dela começar. Esperamos o pior, excluímos a esperança,
não nos damos à chance de vencer. Para aquele que não acredita em si ou em sua
causa a luta já esta perdida, todo o trabalho é inútil. Os ideais são apenas palavras jogadas ao
vento. A hipocrisia passeia em nossas conversas, pois já não é estranha. É
vizinha. É amiga. É comum. Ela tomou o lugar de nossa moral, de nossa palavra. Tentamos
achar uma sociedade melhor e nos tornamos parvos, tolos, escravos de um sonho
distorcido. Somos Quixote contra os gigantes/moinhos que construímos.
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